O Brasil está consternado com os momentos trágicos vividos pelos nossos irmãos do Rio Grande do Sul, diante da maior catástrofe climática vivenciado por eles. É uma tragédia histórica, sem precedentes na história do estado gaúcho, que clama por ajuda.
Os números são impressionantes e não param de aumentar: segundo o relatório emitido pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul no dia 10 de maio às 18hs, eram 441 municípios atingidos, 71.409 pessoas em abrigo, quase 340.000 pessoas desalojadas, 756 feridos, 141 desaparecidos e infelizmente, 126 mortes confirmadas.
Além do drama humano, com inúmeras mortes, soma-se a esse triste quadro, um prejuízo material incalculável, com cidades totalmente arrasadas por enchentes, bem como consideráveis perdas na área agrícola e pecuária. Ainda não é possível se estimar o prejuízo no campo, mas como boa parte da produção agrícola do estado não é próxima dos locais de enchente e parte da soja já estava colhida, o prejuízo direto nas lavouras será muito menor quando comparado com cidades inteiras que foram varridas.
No caso do arroz, em que o estado gaúcho é responsável por cerca de 71% da produção nacional, as perdas na safra gaúcha ainda não foram totalmente contabilizadas, mas segundo a Federação dos Produtores de Arroz do Rio Grande do Sul, até dia 08 de maio já tinham sido colhido 84,2% e a estimativa de perda era de apenas 1,2% em relação à safra anterior.
A infraestrutura de transporte, como estradas e pontes foi bastante destruída e já está comprometendo a chegada de insumos para alimentar os animais nas granjas e escoar a produção de carnes. Com isso, certamente a logística do estado estará muito afetada no curto e médio prazo, com necessidade de grandes investimentos para recuperação.
As inundações nas cadeias produtivas de proteínas animais impactarão também nas operações dos frigoríficos que já foram paralisadas, e com isso, o abastecimento de carnes possivelmente será comprometido.
Ainda é cedo para se calcular os prejuízos, mas entidades como a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), já preveem um possível desabastecimento de carne e ovos nos supermercados gaúchos e alerta para possíveis impactos além das fronteiras do estado, já que o Rio Grande do Sul é um importante polo de produção de proteínas animais no Brasil.
Diante desse quadro caótico, só nos resta rezar e torcer para que a situação se normalize, e assim o estado do Rio Grande do Sul seja reconstruído com força e fé, própria de nossos irmãos gaúchos.