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 Patos de Minas 

'Anti-Oruam': Artistas temem censura e projetos podem ser modificados

Os artistas disseram não ser contra o intuito da lei, porém pediram modificações para não serem prejudicados.

A Reunião Ordinária da Câmara Municipal de Patos de Minas nesta quinta-feira (10/04) recebeu na 2ª Tribuna Livre os integrantes do Coletivo Vozes e do Coletivo Mada para discutir dois Projetos de Leis que tramitam no legislativo patense, 6111/2025 e 6113/2025, apelidados de “Anti-Oruam”. Após apresentação, vereadores pediram vistas para realizar melhorias.

A representante do Coletivo Mada, Élida Abreu, foi a primeira a falar sobre os projetos. Ela diz que não é contra o intuito do projeto, porém o texto deve ser mais amplo para não prejudicar os artistas e os movimentos. Ela pede que o Projeto de Lei seja modificado para que não seja excludente e que realmente assuma o papel proposto.

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O cantor patense, Cayllison Xavier e a cantora patense Ana Carolina, ambos do Coletivo Vozes, também expressaram receio do projeto prejudicar os artistas como um todo. Eles disseram que as letras das rimas falam sobre a situação vivida na periferia e que não fazem apologia ao crime, pelo contrário, pedem que os jovens pensem melhor e não entrem no “mundo do crime”. Cayllison encerrou a fala com uma rima para os vereadores.

Os integrantes do movimento destacam que a realidade nos estados do Rio do Janeiro e São Paulo é outra, comparada a Patos de Minas. Segundo eles, os eventos do movimento não registram brigas ou outras ocorrências similares. Eles destacam ainda que nunca houve apologia ao crime nos eventos patenses, seja nas falas, nas rimas ou nos palcos. Os artistas são orientados a evitar palavrões e não incitar o uso de drogas.

O vereador sargento Leomar (PRD) foi o primeiro a comentar com os artistas. Ele lembrou que, quando estava na Base Comunitária Móvel da Polícia Militar, apoiou por diversas vezes os eventos do movimento Hip-Hop e que sempre foi a favor da cultura. Leomar destacou que o objetivo do projeto é apenas evitar apologia ao crime e ao uso de drogas, destacando que a criminalidade organizada já atua em Patos de Minas, destacando que já houve 10 mortes registradas pelo “Tribunal do Crime”, segundo dados da Polícia Civil.

Já o vereador Zé Luís (Podemos) disse que está tentando explicar o óbvio quanto ao projeto dele, que visa que músicas a proibição de execução de músicas com letras que façam apologia ao crime, ao uso de drogas, à pornografia e/ou que utilizem linguajar obsceno nas escolas da rede pública municipal de ensino e em veículos de recreação, denominados “Carreta Furacão”. Ele destaca que o texto é simples e que essas músicas não devem ser tocadas nas escolas por motivos óbvios.

Após um debate de cerca de uma hora, os projetos de leis foram colocados em pauta. O vereador Júlio César (Republicanos) pediu vista ao Projeto de Lei 6111/2025 e propôs que seja realizada uma audiência pública para discutir os projetos. O vereador Willian Campos (MDB) pediu vista do PL 6113/2025 e disse que quer debater o projeto de maneira que fique mais robusto e atenda as demandas da comunidade.

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