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Alimentos saudáveis: uso de bioinsumos cresce no Brasil

Os consumidores exigem, cada vez mais, produtos saudáveis e sustentáveis.
Plantação - bioinsumos
Foto: Aleksandarlittlewolf no Freepik

À medida que os consumidores aumentam a exigência por produtos saudáveis e que tenham sido produzidos com o menor impacto ao meio ambiente, a pesquisa avança em busca de insumos que possibilitem uma produção agrícola mais equilibrada, sem agredir a natureza e que gere produtos sem riscos para a saúde humana.

Dessa maneira, o agronegócio brasileiro busca um equilíbrio entre a produção em larga escala com menor uso de produtos químicos, fazendo uso de insumos naturais, que gerem alimentos saudáveis e seguros.

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Seguindo essa demanda, a indústria de insumos no Brasil vem investindo fortemente no mercado de produtos biológicos, que atendem tanto à questão ambiental, quanto à produção de alimentos mais seguros.

Assim foram criados os bioinsumos, ou insumos biológicos, que são os produtos feitos a partir de microrganismos, extratos vegetais e agentes biológicos que podem ser utilizados em diversas fases da produção agrícola, contribuindo com o aumento de produtividade no campo.

Segundo a associação Croplife, que reúne empresas de biotecnologia, sementes, defensivos químicos e biológicos, o mercado de bioinsumos deverá encerrar a safra 2022/23 com um crescimento de cerca de 70% em relação à safra ada, devido a adoção em larga escala por produtores de soja, milho, cana e algodão, algo nunca visto em outros países.

E o Brasil é campeão na adoção de práticas sustentáveis como o uso de produtos biológicos, conforme pesquisa realizada pela McKinsey com mais de 1.500 agricultores ao redor do mundo.

Conforme a consultoria, o agronegócio brasileiro está à frente de outros países quando o assunto é sustentabilidade, pois a adoção de práticas sustentáveis no mundo não atinge 50% dos países e o Brasil fica em primeiro lugar neste ranking seguido pela Europa.

Esse levantamento indicou que 55% dos agricultores brasileiros utilizam o controle biológico nas fazendas contra 23% na Europa, 6% nos Estados Unidos e 4% na Argentina. Para se ter uma ideia do quanto os outros países estão atrasados em relação à adoção deste tipo de tecnologia, apenas 14% dos agricultores no mundo fazem uso de produtos biológicos.

Considerando os desafios da agricultura tropical e as crescentes demandas sociais por uso correto dos agroquímicos ou de fontes não renováveis, é possível que o Brasil se torne o maior mercado global de bioinsumos até 2030.

Sem dúvida alguma, essa é uma indústria inovadora, pois possibilita uma produção de alimentos com menor impacto ambiental, promovendo o controle de pragas e doenças de forma natural, com menor uso de produtos químicos.

E à medida que as agroindústrias de bioinsumos desenvolvem novos produtos, a adoção por grande produtores também avança, possibilitando o crescimento de sistemas de produção como a agricultura regenerativa e orgânica.

Esse é o Agro brasileiro, que avança como referência mundial não só na produção mundial de alimentos, como também na utilização de insumos biológicos que gerem menor impacto ambiental, produzindo comida mais segura e saudável.

Esse texto é uma produção independente e não representa a opinião do Patos Notícias. A responsabilidade é integral do titular da coluna.

Biografia

Bené Romano

Bené Romano

Engenheiro agrônomo, formado pela UFLA - Universidade Federal de Lavras. Atua como consultor em agronegócio, sendo associado ao Escritório Araújo Fontes. Apresenta, de segunda a sexta-feira, o quadro "Agro em Foco" no Jornal da Manhã da Jovem Pan Patos.

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